sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Quando em dias de conflito
a tranquilidade e o equilibrio se vão
dias que mais se parecem noites
sombrias como todo o mau
A dor da solidão é inevitável
Dizem que a dor purifica
E que ninguém se conhece enquanto não sofrer
Quando estou só eu me encontro andando por um caminho estreito
florestas de imensas árvores negras
A imensidão do céu sem estrelas
apenas um enorme manto negro acima de mim
abismos sem fim rodeiam o caminho
uivos de animais famintos ecoam
o frio gelado corta minha pele
tuneis de cavernas gigantescas tenho que atravessar
Isso tudo me atormenta os sentidos
Caio de joelhos
Deseperado choro
perco os sentidos
Não vejo a noite passar
Quando de súbito
A nuvem negra se movimenta
e pequenos raios de luz cortam a escuridão
O sol me oferece sua face
Lentamente o cenário se transforma
A noite mais negra
No dia mais claro
O frio mais cortante
No calor mais intenso
Aquele que a pouco era o inferno
se transforma no mais lindo paraiso
Escuto agora não terríveis uivos
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